domingo, 9 de março de 2014

De Retour à Paris

Arrivée um mercredi matin,
Le mois de la Saint-Valentin,
À la ville de l'amour
En couleur rouge velours.
Je suis revenue à Paris,
Pour la première foi dans cette vie...
Je déambule dans ses rues,
Oú la bohème a déjà vécu,
Au son des accordéons
Et sentir toute sa passion.
Des mémoires prises en moi,
Reviennent chacune à la fois...
En se révélant sensuelles
Au goût d'une séduction dentelle.
Entre les cabarets et la toure eiffel,
Reste toujours le même ciel...
D'anciennes émotions envoûtantes
Me saisissent et me laissent inébriante.
Un jour j'ai du quitter Paris
Qui pour l'éternité, sera une part de mes vies.
Et quand je me permets de sentir tour ça,
Écoutant doucement mon coeur qui bat,
Une antique chanson, dans l'air, repose
Et voilá, je chante La Vie en Rose.

By Nathalie

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Néctares de Meus Sabores


Expressa-se o vento em meu cabelo,
No pleno momento do tempo,
Aquando repousa meu corpo
Por entre o campo de mil flores.
O doce aroma, na alma, se entranha,
A música dos colibris ecoa por ali.
Dispersam-se à minha volta,
As estonteantes borboletas,
E no bater de suas asas,
Vislumbro novos horizontes.
No fundo do meu ser
Cola-se a frescura do verde
E o calor de todas as cores.
Dum céu rosa, laranja e lilás,
Ergue-se a primeira estrela do ocaso,
Cintilando pós de prazer.
Minha razão controlada pelo coração
Vaporiza pensamentos de Amor...
A cada batida eu revivo.
Os últimos raios do dia
São partilhados em mim.
Abraçando a minha certeza,
Deposito sonhos e intenções, 
Em cada uma dessas flores...
Pois com elas florescerão,
Néctares de meus sabores.

By Nathalie

terça-feira, 12 de março de 2013

O Convite da Chuva

De outros mundos nos chega a chuva,
Recaindo na cidade e sua calçada...
Parece querer expressar-se
Na intensidade de sua descida.
Alcança o caminho dos desprevenidos
E inocentemente, em seu tom, pergunta:
"Alguém aceita dançar à chuva?".
Mas no apresso para evitá-la,
Nem uma resposta obtém...
Sento-me aqui, a olhá-la,
Declinando o seu convite.
Queria ousar dançar com ela,
Render-me ao seu banho,
Para velhas realidades, longe levar,
E as novas apresentadas abraçar.
Entreouço a voz dentro de mim:
"Quem quer mudança, ao novo tem de se dispor".
Entediada do mesmo padrão,
Avanço e entrego-me sem mais hesitação.
Por entre suas generosas gotas consigo sentir,
Gentilmente a desvanecer, a diluir,
A minha carapaça de protecção,
Assim revogo a pesada camada
E num sinal de gratidão,
Fecho os olhos, contemplando o alto,
Sentindo cada pingo no meu corpo, 
A fazer estremecer o meu ser...
Permito-me novamente sentir.
Liberta dessa densa estrutura,
Danço ao sabor da doce chuva,
Sem o receio de me molhar,
Deixando o inevitável acontecer...

By Nathalie


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

No Douro Há Mistérios...

Numa passagem pela Invicta cidade,
Deparei-me no meu regresso,
Haver envergado as vestes da inspiração.
Inspiração há muito adormecida...
Em Gaia nos sentamos
Com o Douro aos pés.
Contemplando serenamente,
O outro lado da margem,
Nos sorrindo de volta,
Banhada em ouro de luz.
À distância dum pensamento,
Levados pelos rabelos,
Partimos para séculos quase esquecidos...
No tempo em que o Porto,
Vertendo seu líquido pelas pipas,
Começou a espalhar-se pelos ares...
Misteriosas aquelas caves antigas,
Carimbadas de histórias ali vividas...
Histórias de amor, traição, luxúria, paixão,
Enterradas nas profundezas do rio,
Conferindo a suas águas,
Para além da perdição,
Um sentimento ainda mais enigmático...
Os segredos ali escondidos,
Só às almas do sítio pertencem.
Elas ainda deambulam por lá,
Contagiando-nos com uma vontade:
A de um dia voltar.
Quem nunca lá foi,
Desejerá um dia pisar seu chão
Para reencontrar o perdido
Ou achar o nunca possuído...
Sem jamais esquecer a possibilidade,
De ser por um momento ou eternidade.
No Douro há mistérios,
Maiores do que os meus...

By Nathalie

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sou Filha do Sol


Poderá haver noites sem estrelas
E outras escuras sem lua...
Mas mesmo nos dias de nuvens,
O dia faz-se dia com o sol.

Pouco importa onde eu nasci,
Onde vivo ou irei viver,
Sei que ele sempre estará lá,
No alto a radiar e a brilhar.

Deixo-me embeber pela sua luz,
Quando ele se reflecte em meu corpo
Fala-me, respira-me, aquece-me,
No momento em que assim o desejo.

É cúmplice de muitos dos meus segredos.
Com certeza saberá relatar e contar,
Todas as vidas em que me viu
A passear e vaguear por aí...

Nem a mim ele revela,
Se na China, Itália ou Índias habitei...
Silencia os sítios mágicos e as vezes,
Em que o teu beijo foi primeira vez...

Desde da minha primeira vida
Até essa e à última,
Serei uma parte dele,
Ele será minha testemunha...

Pois eu sou filha do sol!

By Nathalie

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Família Espiritual

Há dias em que nos sentimos tão sós...
Tão sós e a melhor solução está em adormecer,
Para anjos, nos sonhos, podermos encontrar.

Por vezes só precisamos de um abraço,
Daqueles que tocam nossa alma
E nos fazem sentir compreendidos.

Também há momentos de desespero
Onde apenas desejamos ter alguém para nos dizer:
"Venha o que vier, estou e estarei sempre aqui".

Em certas ocasiões, a necessidade de ouvir um "não",
De um amigo para nos chamar à razão
E nos guiar pela sua "visão".

O frio por dentro se manifesta
E aí queremos umas palavras amigas
Para nos aquecer como chocolate quente.

E quando o problema são as dores choradas,
Ou até as alegrias vividas,
Ter alguém com quem as partilhar e dividir.

Ser amigo não é coisa fácil
Mas é tão simples quando é genuíno...
Abraçar, reconfortar, acompanhar, escutar,
Estar presente de corpo e mente.

Ter um amigo é uma dádiva dos céus.
Ser amigo é uma benção.
Connosco trazemos a família natural
Mas felizmente escolhemos a espiritual.

By Nathalie

(Um obrigada especial aos merecedores de seu lugar em meu coração)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Anjinhos, Passarinhos e Borboletas


Anjinhos, passarinhos e borboletas,
À minha volta voam,
No meu ar pairam.
E na cadência do bater de suas asas,
Danço sem tocar no chão,
Como uma pena solta
Que viaja ao sabor da brisa.
Por eles sou guiada,
Seja noite, seja dia,
Sobre águas, terras e mares.
Envolvem-me na bolha da alegria,
Onde de mim nascem risos e sorrisos,
Deixando rastos de arco-iris
E gostinho a framboesa bombom.
Juntos percorremos o mundo,
Na vontade e desejo de contagiar
Toda a alma e coração.

By Nathalie

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Encontrei-me!

Já tem uns meses que fui empurrada
Para partir e começar uma nova jornada.
Sem saber muito bem por onde iniciar,
Muito menos sabia se ia até terminar...
Pedi ajuda aos deuses e deusas,
Senti que havia de me procurar.
Escalei montanhas de dores,
Desci montes de tristezas,
Levantei rochas de ansiedade,
Pois tudo era válido para me achar.
Atravessei mares de desespero,
Mergulhei em rios de angústias,
Quase me afoguei em lagos de prantos,
Mas tinha de continuar essa busca...
Tempestades de revolta enfrentei,
Furacões enfurecidos de medos combati,
Lava de vulcões desesperançados apaguei,
Tudo para voltar a me encontrar.
Ao cansaço quase me rendi,
Quando parei e me deixei dormir...
Ao acordar, o mundo soava a harmonia,
A calmaria se fazia expressar...
O azul do céu estava ali...
Olhei à minha volta,
Esfreguei bem os olhos
Para me poder ver...
Aqui estava eu,
Sentada no meio do nada...
E a procura de mim cessou assim.
Mais forte, valente e destemida do que nunca,
Regressei dessa viagem.
É bom estar em casa...
Voltei! Encontrei-me!

By Nathalie

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Teu Último Poema... (Março 2011)

Que é feito de ti...
Que é feito de mim...
Uma parte do meu eu
Contigo deixei ficar.
Outra parte de ti,
Agarra-se e se cola em mim.
No dia que eu parti,
Queria olhar por cima do ombro,
Ver se te via por perto...
Mas a luta contra comigo mesma
Tem sido uma constante ultimamente.
Dói-me ainda gostar de ti,
Dói-me ainda mais não poder fazê-lo...
Se o que deixo para trás lá fica,
Porque é tão difícil consegui-lo contigo...
Eu morro e revivo num instante!
Mas esse parto de ti,
Tem contrariado minha experiência...
Como é possível não esquecer alguém
Que tanto me magoou e me pisou...
Só prova que meu amor por ti
Foi realmente rico e verdadeiro,
Porque ele ainda respira...
Mesmo ao tentar, à força, afogá-lo.
Este é o último poema,
Dos muitos que te escrevi
E apenas existiu por estar a sufocar
Com estes sentimentos contidos,
Gritando por sair de dentro de mim...
Então voz, eu tive de lhes dar,
Pois nada quero guardar.

By Nathalie

Tu & Eu... Nós (Verão 2009)

Respirando apenas horas de pura felicidade,
Juntos fechamos as janelas ao tempo...
Roubas as borboletas da Amazónia
Para as guardares em meu ventre.
Fazemos deslocar a via láctea até nós,
Quando nos tocamos e reduzimos o dois a um...
A música que tão bem compomos,
Intimida a mais bela das baladas.
O elixir que emana de nossos corpos
Inspira os odores e perfumes das flores mais raras.
As iguarias que provocam explosões de paladar,
Roçam de longe o prazer que detém nosso sabor.
A dança ardente e sensual feita por tu e eu,
É capaz de derreter as ilhas de gelo.
O maior segredo da rota perdida para a alegria,
É desvendado com primeiro toque de nossos lábios...

By Nathalie

Sem Registo (Verão 2009)

Gostava de registar cada palavra tua, cada gesto...
Gravar toda e cada sensação que na pele me despertas
Anotar todos os bons calafrios e sorrisos que me trazes
Somar cada disparo do meu coração por ti provocado
Medir e contabilizar o meu desejo e vontade de ti...
Contar os beijos prometidos entre um mar de saudades.
Tento expressar, em poucas palavras, esse meu sentir...
Pois eles são a fusão de tudo o que originas em mim.

By Nathalie

Se Fosses, Eu Seria...(Verão 2009)


Se fosses mar, queria ser sereia para em ti mergulhar
Se fosses noite, queria ser lua para em ti luzir
Se fosses vento, queria ser andorinha para contigo voar
Se fosses chama, queria ser vela para em ti arder
Se fosses terra, queria ser ribeira para em ti nascer
Se fosses eclipse solar, queria ser sol para em ti desaparecer
Se fosses vaso, queria ser cristal para contigo me fundir
Se fosses água, queria ser gelo para em ti derreter
Se fosses neve, queria ser um floco para em ti me perder
Se fosses perfume, queria ser pele para em ti me impregnar
Se fosses lábios, queria ser beijo para alimentar meu desejo
Se fosses pecado, queria ser tentação para te sucumbir
Se fosses eu, queria ser tu para contigo ficar...

By Nathalie

Novo Vício (Verão 2009)

Para onde quer que o pensamento me leve,
Tudo me trás de volta àquele momento...
A vontade de ti no meu desejo cravada.
Carrego a saudade dos teus beijos
Que trazem o sabor desse meu novo vício.
O teu toque ficou impregnado no meu corpo,
As tuas impressões digitais marcadas nos meus sentidos.
Lembrar o teu calor faz-me arrepios...
A tua voz ecoa e se transforma em minha doce aragem,
O cheiro que só tu tens, em minha alma permaneceu...
E quando ele se liberta, estremece o meu ser.
Partir com a vontade de ali ficar,
Trazer-te em mim para todo e qualquer lugar...

By Nathalie