quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Ilha Onde Acordo e Adormeço


















As embarcações que dias navegam sem terra avistar,
Seus cascos anseiam por solo firme encontrar.
Eis que, no horizonte, surges majestosamente,
Para suas vistas enxergares reconfortantemente.

Dignamente és abençoada pelo Atlântico,
Onde és musa das sereias que te oferecem o seu cântico.
Uma doce melodia que irá para sempre ecoar,
Até às grutas e profundezas do mar.

Do mundo, a tua beleza, optaste manter rescondida.
Grandiosa e serena flutuas nobremente erguida.
Prosternam-se os peixes perante tua lava fria,
E proclamam pelos oceanos, o encanto que em ti jazia.

Trazes à vida flores sublimes e assim te adornam,
Nelas te impregnas e no ar espalhas o teu odor.
Arde em tuas entranhas, o vulcão ansioso para se impor,
Debaixo do verde dos teus montes que se reclinam.

Calmas e puras, as lagoas em ti se aconchegam para dormir.
És dona de paisagens às quais é fácil sucumbir.
Tesouros dissimulados aguardam para serem descobertos,
Nas aventuras, por entre trilhos, dos curiosos e mais despertos.

Por trás da Barrosa contemplo o raiar do novo dia.
Em tons alaranjados e arroxeados se pinta um céu perfeito,
Lá no ponto mais oriental da nossa ilha,
Cortesia do sol antes de regressar ao seu leito.

Se no vasto mar existe uma ilha apelidada de Pérola,
Irrompe-me uma só palavra e te baptizo de Rainha!
Pois no meu sentir não há ilha mais bela,
Do que aquela que palmilho e considero minha.

Ilha do meu coração, de minha vida,
Paraíso na terra que um dia me acolheu,
Tocaste a minha alma que por sua vez a ti escolheu,
Para em ti redigir o livro duma estrada percorrida.

By Nathalie

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